“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22.6)
Os estudiosos consideram o processo de aprendizagem pelo qual a criança passa antes de entrar na escola como socialização primária (SAVATER, 2012); nela os responsáveis por esse ser o educam mostrando a ele o caminho em que deve andar: valores, crenças, preceitos, comportamentos, limites... esses indicadores de caráter os quais acreditam ser o melhor para seus filhos.
Acontece que os afazeres de um mundo globalizado e conectado contribuíram ainda mais para que a família delegue a outros, principalmente à escola, o que cabe a ela fazer, porém se os entes dos pequeninos deixarem de cumprir seu papel ou se o fizerem com negligência, a educação recebida na escola corre um sério risco de não fazer mais efeito na vida desse aprendente.
Se a socialização primária tiver se realizado de modo satisfatório,
a socialização secundária será muito mais frutífera, pois terá
uma base sólida sobre a qual assentar seus ensinamentos;
caso contrário, os professores ou companheiros deverão perder
muito tempo polindo e civilizando (ou seja, tornando apto
para a vida civil) quem deveria estar “pronto”
para aprendizados menos elementares
(SAVATER, 2012, p. 56, grifo nosso).
Durante a vida toda, necessitamos de REFERÊNCIAIS, sobretudo na infância, no entanto os exemplos são cada vez mais escassos, inclusive na família, e seguimos confusos e sem norte, carentes de afetividade (outro ponto crucial no aprendizado em família) e de modelos, lançados à própria sorte num mundo complexo, complicado, relativizado, problemático e impetuoso.
Se os pais (e/ou responsáveis) não ajudam os filhos,
com sua autoridade amorosa, a crescer e a se preparar para serem adultos,
as instituições públicas se verão obrigadas a lhes impor o princípio de realidade,
não com afeto, mas à força
(SAVATER, 2012, p. 64, grifo nosso).
Precisamos, portanto ensinar nossas crianças a serem HUMANOS... Há urgência em se EDUCAR... Há urgência em se HUMANIZAR...
Para quem se esqueceu: FAMÍLIA educa!!!
Esther Braga.
REFERÊNCIA: SAVATER, Fernando. O valor de educar. Tradução Monica Stahel. 2. ed. São Paulo: Planeta, 2012.
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