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As marcas da Cruz

Cadeira elétrica, câmara de gás, injeção letal, esses são apenas alguns dos instrumentos usados para execução de penas, geralmente aplicada a criminosos de alta periculosidade e em crimes terríveis. Países como os EUA, Iêmen, Iraque, China, por exemplo[1], praticam tais penas contra seus detentos que julgados, podem ser sentenciados com elas.


Este assunto é de uma polêmica absurda, o medo que se tem em que inocentes sejam sentenciados sem merecer uma punição, sem volta. A cruz foi um tipo de pena de morte, que foi aplicada a alguém inocente, Cristo Jesus. A crucificação, foi um pedido das lideranças e do povo judeu, a Jesus, como nos mostram a Bíblia: Pilatos perguntou: — Que farei então com Jesus, que é chamado de Messias? — Crucifica! — responderam todos. (Mateus 27.22, 23 “seja crucificado”; 27.26,31, “entregue para ser crucificado”; 27.32 “levando a cruz”; 27.35 “a crucificação”).


A Cruz

A morte por crucificação, não foi uma invenção dos romanos. Ela vem de milênios, segundo pesquisadores. Ela foi praticada por egípcios, assírios, fenícios e gregos, por exemplo. Há relatos de milhares de pessoas, sendo crucificadas em toda história. Aplicada para escravos, criminosos e insubmissos civilmente, a crucificação representava uma forma terrível e cruel de punição. Esse tipo de penalidade foi extinto por Constantino em 315 d. C.²


A palavra cruz no grego é stauros, e refere-se a uma estaca ou poste, elas tinham um travessão em que os criminosos levavam para serem pregados. Provavelmente, foi este travessão que Simão, foi obrigado a ajudar Jesus a carregar até o Calvário, lugar em que esta foi colocada na estaca³. São conhecidas três tipos de cruzes:

  • A Crux decussata ou cruz de Santo André, em forma de (X)

  • A Crux comissa ou cruz de Santo Antônio, em forma de (T)

  • A Crux immissa ou cruz latina (+) [4]

O Novo Dicionário da Bíblia[5], conclui: “O fato que o título foi fixado acima da cabeça de Jesus (Mt 27.37; Lc 23.38) parece indicar que ele sofreu na crux immissa, que a tradição transformou no símbolo cristão”.


As marcas na nossa vida

Ao olhar pela fé para a cena do Crucificado levando a cruz e sendo punido, não podemos nos esquecer do significado teológico e de vida que isto tem. O apóstolo Pedro, disse o seguinte: O próprio Cristo levou os nossos pecados no seu corpo sobre a cruz a fim de que morrêssemos para o pecado e vivêssemos uma vida correta. Por meio dos ferimentos dele vocês foram curados. (1 Pe 2.24 NTLH) A cruz em si não resgata e não salva, mas o Crucificado é quem traz vida e transformação.


A entrega de Jesus na cruz não foi um acidente, nem pura perseguição, mas a intenção de Deus em demonstrar seu amor por nós (Atos 2.23-24), os que realmente deveriam ser crucificados. A cruz tem valor, quando cremos que o Senhor morreu e ressuscitou, para nos providenciar salvação. Ele foi até lá, assumir o nosso lugar de pecador, mesmo sendo um inocente, para que nós pecadores, pudéssemos "vestidos" de sua inocência, nos tornar perdoados filhos, do Juiz de toda Terra.


Andrei Sampaio Soares | Editor do alemportal.com, graduando em jornalismo e teólogo.

¹Os 7 países que mais fazem uso da pena de morte. Disponível em: https://exame.abril.com.br/mundo/os-7-paises-que-mais-fazem-uso-da-pena-de-morte/.

²O Novo Dicionário da Bíblia. Tradução: João Bentes. 3ª ed. São Paulo: Vida Nova, 2006, p.309.

³Bíblia Palavras-chave Hebraico e grego. 4ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

[4] O Novo Dicionário da Bíblia. Tradução: João Bentes. 3ª ed. São Paulo: Vida Nova, 2006, p.309.

[5] Idem.


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