Muitas vezes, na ausência de pessoas que amamos ou que mantivemos algum contato, temos a tentação de sempre tributarmo-lhes a responsabilidade por não está tão próximo. Tal qual Adão culpou a Deus por Eva ter comido o fruto proibido, tendemos sempre a responsabilizar o outro pela falta de contato.
Porém, via de regra, esquecemos que a atitude do sumiço, pode na verdade, ser um comportamento nosso, não percebido tão claramente e muito menos assumido. É mais fácil terceirizar nossa responsabilidade de contato, do que assumir nosso erro de ausência.
Para tanto, temos de estar vigilantes em recepcionar ou sinalizar nossa presença, não com um ‘oi, sumido’, mas com um, ‘que bom falar com você’. Eu acredito que não existe nada de errado em dizer o ‘oi, sumido!’, mas questiono a responsabilização pela ausência, que quase sempre, tributamos ao outro.
Precisamos ser mais presentes e lutar para que vínculos importantes não se apaguem com o tempo, a distância e a velha máxima, ‘se a pessoa não me procura, não sou eu que vou atrás!’ (ou algo parecido).
Muitas vezes, para manter apertado os laços de uma amizade é necessário protagonizarmos o papel daqueles que dão sinal de vida e se dirigem em direção do outro. É preciso estar disposto a conexão, sempre disponibilizando o sinal da amizade. É preciso se estar presente!
Andrei Sampaio Soares.
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