Dizemos saudade ou que a pessoa faz falta, muitas vezes por educação, mas não sabemos nada de profundo ou sobre como ela realmente está
Em nossa vida, ter saudade é uma das coisas mais certas que vamos experimentar, a vida, costuma ser implacável, quando se trata de separar pessoas pelas mais diversas circunstâncias.
O mais dolorido é sem dúvida, quando ela nos afasta de pessoas que criamos laços profundos, confidenciamos nossas dores e alegrias, medos e coragem, acertos e erros. E parece, pelo menos na minha experiência, que esse tipo de rompimento geográfico, é o mais normal, e se torna um desafio para a manutenção dos relacionamentos profundos que foram feito.
Uma frase que tem servido de consolo, mas não me consola,
é aquela que diz “amigos são amigos, independente do tempo
e do lugar que estão, pois ao se reencontrarem, serão exatamente os mesmos”.
A frase é bonita, heroica e bem famosa. Mas não seria ela, uma
forma de praticarmos uma “saudade descuidosa”.
Com isso, quero dizer, o fato de pararmos de nos comunicar ou se esforçar para fazer isso, mesmo a distância, nos dando uma falsa sensação de que damos importância, porém, não há relacionamento sem comunicação e reciprocidade. Pode existir, lembranças, memória, mas não aquela saudade capaz de, mesmo a distância, acompanhar a vida de quem está longe, até mesmo, mais do que pessoas próximas, muitas vezes.
Imagine que você tenha saido da cidade de onde morava, mas algumas pessoas expressam que desejam marcar algo, que os fará se verem. Aí você anuncia que não está mais lá, que já foi embora. A pessoa então declara, - Poxa, que saudade! -, você educadamente, retribui, porém percebe que nao havia profundidade em ambos os relacionametos (normal da vida, nem todos são), porque se houvesse, o mínimo que se saberia ,era dessa mudança.
Dizemos saudade ou que a pessoa faz falta, muitas vezes por educação, mas não sabemos nada de profundo ou sobre como ela realmente está. Isso é uma saudade descuidosa.
Andrei Sampaio Soares.
