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Lições de um Resgate

O mundo voltou suas atenções nos últimos dias para o trágico acidente de 12 meninos de um time de futebol e seu treinador, enquanto visitavam a caverna Tham Luang, na Tailândia em 23 de junho, encontrados somente no dia 2 de julho. Foi definitivamente uma notícia para dividir as atenções com a “tão exaltada” e televisionada Copa do mundo de futebol na Rússia. Foi uma verdadeira prova de resistência e inteligência para resgatar os meninos e seu treinador da caverna, que distava 4 km da entrada, e tinha aproximadamente 1000 metros de profundidade. A notícia comoveu o mundo e por todos os cantos se ouviu de como muitos torceram pelo livramento e resgate de todas as vidas presas nas cavernas Tham Luang. Durante o resgate a morte de um voluntário, o navegador aposentado da marinha tailandesa, Saman Kunan, chocou as autoridades do país e colocou a operação de resgate por mergulhamento em dúvidas. Como resultado da fé e intercessão de tanta gente em favor dos especialistas de resgate vindas de várias partes do mundo, no dia 10 de julho foi notificado através dos meios de comunicação o sucesso do resgate das 13 vidas presas nas cavernas Tham Luang.


Quem se Importa?


A vida é com certeza uma grande caixa de surpresa. Suas tantas situações nos envolvem e sempre, sempre mesmo, existe uma lição para dela tomarmos consciência da melhor atitude, da melhor palavra ou do melhor caminho. O que parece é que em tantas dessas situações Jesus não está interessado ou perto de qualquer um que seja. Bem, isso é muito enganoso, embora pareça tão convincente.

Na conhecida história do evangelho em que Jesus acalma uma violenta tempestade no mar da antiga Galileia; a experiência de morte vivenciada pelos discípulos de Jesus, os leva a imaginarem que ele estivesse pouco interessado com a situação daquele momento; imagine você, Jesus estava dormindo na proa do barco! (Mateus 8:24) “Não te importas que morramos?” perguntaram. Jesus responde com uma inusitada repreensão por falta de fé: “Porque vocês estão com tanto medo, homens de pequena fé?” (Mateus 8:26 NVI). “Ele se levantou e repreendeu o vento e a violência das águas; tudo se acalmou e ficou tranquilo” (Lucas 8:24 NVI). Perceba, Jesus se importa, mas sua ação não isenta a nossa confiança na sua soberana e inescrutável vontade. Fé em contextos de intensa dificuldade provatória significa literalmente confiar na vontade de Deus.


 

"Os resgates de ontem e de hoje acontecem

para nos revelar a natureza misericordiosa de Deus

para com a criatura pecaminosa"

 

Duas Lições


As lições são duas: Um, “Jesus se importa”! Os resgates de ontem e de hoje acontecem para nos revelar a natureza misericordiosa de Deus para com a criatura pecaminosa. Os resgates não acontecem também, exatamente. Eles não provam o contrário do que acabamos de afirmar, Entretanto é um convite silencioso de Jesus a confiarmos nos seus propósitos. Afinal, “Quem conheceu a mente do Senhor, Ou quem foi seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense? Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas.” (Romanos 11:34-36). Essa não é uma resposta furtiva para acontecimentos desesperadores que nos pegam na ordem do dia e nos deixam sem chão, não; isso se chama fé, a confiança plena naquilo que é dele, por Ele e para Ele!


A lição Dois é uma pergunta: “Você se importa”? Vi pessoas preocupadas com os 12 meninos e seu treinador nestes dias de sofrimento dentro daquelas cavernas; oraram, intercederam. Muito bom! Porém, Muita gente sofrendo está suficiente próxima de nós neste exato momento em que conversamos. Seu desafio é se apropriar do “ministério Importar-se”. Pode ser que você seja conduzido pelo Espírito Santo hoje, a impor suas mãos em oração sobre um vizinho necessitado por libertação. Talvez alguém te procure, ou melhor, quem sabe você procure alguém, que possa receber uma porção do seu tempo para ser ouvido e consolado pela palavra!


Na terna perspectiva de que Jesus se importa sempre, vamos também se importar mais um pouco. O ministério para se importar foi criado pelo mestre e costumamos chamar também de discipulado. Lançado o desafio, desejamos em oração a redescoberta objetiva de tal modo de pensar e viver!



Marciel Diniz | Teólogo e Pastor



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