No quinto dia de paralisação dos caminhoneiros pelo Brasil, já se pode notar uma série de consequências diante da greve. As reivindicações da classe, já fizeram o Governo Federal tomar algumas decisões. Porém, bloqueios em estradas e Rodovias permanecem em vários estados do país. O abastecimento tem sido prejudicado em alguns lugares. Faculdades suspendido aulas. Hospitais cancelando cirurgias coletivas. Os brasileiros apoiam a greve, mas, sofrem com os desdobramentos do ato.
O Além Portal ouviu via telefone, diversos depoimentos de pessoas de várias partes do Brasil que puderam relatar como está a situação em sua região. Vias brasileiras continuam em clima de greve. Foi desta forma que o pr. e mestrando em filosofia Kassio Passos Lopes, 28, encontrou na manhã desta sexta, a Rodovia Fernão Dias (SP), "Tá uma loucura esse negócio... ia fazer uma visita pastoral, mas, tudo parado: as pistas, carro voltando na contramão." Afirmou o líder religioso.
A psicóloga Lilian Gava, 43, de Londrina (PR), relatou que a cidade parece está em meio a um feriado, “Os postos estão todos sem combustível. A cidade está bem parada hoje. As escolas, a maioria, desmarcaram as atividades que tinham hoje. A rede municipal de ensino já comunicou que na segunda, não terá aula. Os ônibus estão circulando em horários de pico, para contemplar principalmente estudantes, por se tratar de uma cidade universitária.” Ela ainda falou que os produtos da sexta básica começam a faltar na cidade, e as pessoas começam a se antecipar para abastecerem suas casas com alimentos.
Sem combustível e sem aulas
A situação não é diferente no Centro-Oeste do Brasil. Na cidade de Dourados (MS), o universitário Vitor Hugo, 20, disse que o desabastecimento começou no meio da semana, “Acabou a gasolina na quarta-feira em quase todos os postos, se não me engano. O posto mais barato aqui, que não tem nem bandeira, está R$ 5,07, o valor da gasolina. Até segunda-feira estava R$ 3,89.”, disse o estudante. A greve atingiu aulas nas universidades da cidade (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul; Universidade Federal da Grande Dourados), que suspenderam por enquanto suas aulas, pois, essas instituições tem um grande contingente de alunos e alunas de cidades próximas.
Em Ananindeua (PA), a empreendedora e estudante de nutrição Geiciane Ribeiro, 31, protesta conta as altas dos combustíveis e apoia o ato dos caminhoneiros: “O preço da gasolina é abusivo, já que a gente paga tanto imposto. A gente observa muitas vezes, que em muitos países, a gasolina que vai daqui é mais barata, por causa dessa carga de impostos. Por isso eu sou à favor dos caminhoneiros, por eles estarem lutando pelos direitos deles e nossos, na verdade”. Ela ainda afirmou que havia postos desabastecidos e com grandes filas em sua cidade.
"A gente observa muitas vezes, que em muitos países,
a gasolina que vai daqui é mais barata,
por causa dessa carga de impostos. "
(Geiciane Ribeiro, empreendedora e estudante)
Deixar o carro abastecido e evitar tantas entregas na semana foi o que decidiu fazer o freteiro Nivaldo David, 63, de São Paulo (SP). Demonstrando apoio a categoria, mandou um recado aos políticos: “Se eu fosse dar conselho para o próximo Governo: ‘Dividir essa malha viária aonde é escoada toda carga do campo para a cidade, e vice e versa, e que essa malha viária fosse férrea também, para não deixar o Governo refém a uma categoria, mas, ele tem que fazer sua parte’”. Disse sobre a importância da pressão sobre os políticos.
Em algumas cidades brasileiras, a greve ainda não foi sentida, segundo a professora Maristela Pontes, 34, de Rorainópolis (RR), “Ainda não encontramos nenhuma dificuldade: supermercados ainda estão abastecidos, nos postos de gasolina não encontramos fila, ainda estão com gasolina.”, afirmando a normalidade na cidade. Outra professora, Zilma Pontes, da mesma cidade, afirma que há uma preocupação de quando a cidade será afetada, por isso as filas aumentaram nos postos do município.
O Governo Federal vem tomando algumas decisões que ainda não agradaram todas as categoriais de caminhoneiros pelo país, com relação a diminuição do preço do diesel. O presidente Temer autorizou o uso das forças federais de segurança para desfazer bloqueios em estradas e rodovias para o retorno da situação normal no país.
(Foto: Agência Brasil/Reprodução.)
Com informações de:
Agência Brasil
Globo News