top of page

Moradores do prédio que caiu, seguem acampados no centro de São Paulo

Na madrugada do dia 1 de maio, já chegava as 1h30 da madrugada, quando o Edifício Wilton Paes de Almeida, foi tomado pelas chamas. Por volta das 2h50, o edifício no Largo do Paissandu, centro de São Paulo, veio a baixo. O prédio era ocupado por 372 pessoas, de 146 famílias, segundo o Corpo de Bombeiros, como apurou o site G1. A Veja, divulgou que cerca de 120 famílias pagavam até R$ 500 por mês, para Ananias Pereira, integrante do Movimento Social pela Moradia (MLSM).

Até o momento, a estimativa é de quatro desaparecidos nos escombros, entre eles, o carregador Ricardo Almeida, que caiu na hora da queda do edifício, minutos antes de seu salvamento. Ainda há por volta de 44 pessoas não localizados e 1 desaparecida, que estavam cadastradas pela Prefeitura entre as residentes lá. Sobre o o que teria ocasionado o incêndio, a linha principal de investigação a respeito do motivo, supostamente, foi a explosão de gás ou panela de pressão", como afirmou o Secretário de Segurança Pública do Estado, Magno Alves, a Agência Brasil.

O alemportal.com, visitou nesta quarta-feira o Largo do Paissandu e o que pode perceber, foi um amontoados de pessoas. Gente que morava no prédio, bem como parentes deles, moradores de rua, animais, ajudadores e curiosos. Em meio a cena de desespero, ao caos e abandono, crianças brincavam e desenhavam; disputavam a mamadeira de suco, faziam fila para chupar picolés. Uma Placa avisava da necessidade de mantimentos para crianças e adultos; outras, manifestavam indignação, como, "Quem ocupa não tem culpa" e "Se houvesse casa para todos e todas não haveria ocupação e nem incêndio. Resistir é ocupar".


Veja algumas imagens do local:

(Foto: Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Prestos/alemportal.com) (Foto: Largo do Paissandu (fumaça nos entulhos do prédio/alemportal.com)

(Foto: Avenida Rio Branco/alemportal.com) (Foto: Cartaz com manifestação/alemportal.com)

Algumas pessoas presentes no local, falaram com a gente. Uma destas, era filha de uma mulher que vivia no prédio, e que estava entre os sobreviventes, ela nos afirmou, que muitos achavam injusto a cobrança do aluguel, que não se revestia para melhora do local. Reclamou que as autoridades não estavam tomando as devidas providências e que a ajuda estava vindo de pessoas de várias partes da cidade, menos do poder público. Falou que a recusa das famílias irem para albergues e abrigos da Prefeitura, era porque não se tratava de moradores de rua, mas, trabalhadores.


Dois voluntários que ajudavam na organização das doações, falaram sem se identificarem. Um deles veio de uma comunidade humilde da grande São Paulo, e que por ter passado por situação semelhante, estava se solidarizando com o ocorrido. Outro, que trabalha no Mercado Municipal, resolver abrir mão de um dia de serviço para ajudar nessa situação.


Uma mulher ainda nos contou, que estava prestes a se tornar uma moradora do prédio, mas, a falta de dinheiro a fez não conseguir alugar um cômodo disponível. A tragédia, interrompeu seus planos, porém, ela em choque com as vítimas, foi acampar no Largo do Paissandu, para dar apoio as vítimas e na esperança de receber ajuda.


Algumas pessoas procuraram os espaços designados pela Prefeitura, porém, muitos moradores continuam acampados ao redor do Largo do Paissandu. Para ajudar as famílias, deve-se procurar a Cruz Vermelha, que em São Paulo está localizada em na Avenida Moreira Guimarães, 699.


Andrei Sampaio Soares | Editor-chefe do alemportal.com, graduando em jornalismo e teólogo.


Com informações de:

Agência Brasil, Veja, G1 e Istoé.


bottom of page