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Teste para verdadeiros adoradores: saiba se você é um!

Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais que assim o adorem (Jo 4:23).


Alguma vez você já teve coragem de perguntar a si mesmo se é ou não um autêntico adorador. Eu queria te convidar a fazer isso agora. Leia novamente o texto a seguir e veja se o seu nome se encaixa no lugar da expressão “verdadeiros adoradores”. Faça o teste...


Mas vem a hora, e já chegou, em que o (a) ____________ adorara o Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tal que assim o adore.


E ai foi fácil? Creio que sim, não é difícil fazer isso. O mais complicado e desafiador é ser e viver na essência o que essa expressão sugere. Eu queria que você observasse comigo atentamente a palavra “adoradores” e depois de compreender o seu significado, faça novamente o teste e veja se seu nome continua a encaixar no lugar da expressão. A palavra “adorador” no texto original da bíblia é “proskunetai” que significa aquele que pratica a “proskunéo”. Nesta conversa, Jesus usa essa palavra dez vezes! Ela nos ensina muito sobre como deve ser a nossa adoração. Vejamos dois significados desta palavra.


Primeiro, verdadeira adoração tem a ver com entrega. O significado primário dessa palavra é abaixar o corpo, dobrá-lo, prostrar-se literal ou simbolicamente, fazer reverência a alguém superior. Entre os gregos era um termo técnico que significava “adorar os deuses”, dobrando os joelhos ou prostrando-se. Em outras palavras descrevia o gesto de curvar diante de uma pessoa. Este gesto traduz o ato de reconhecer a insuficiência do adorador e a superioridade do objeto adorado, colocando-se a sua inteira disposição.[1] Aqui está um dos porquês de existirem tão poucos adoradores, quase ninguém quer pagar o preço da prostração, da entrega. Verdadeira adoração exige entrega! Esse ato significa perder o controle da própria vida, e pouca gente aceita isso.


Segundo, verdadeira adoração tem a ver com aproximação. Em segundo lugar, estudando o termo “proskunéo”, é interessante notar que ele se compõe de duas palavras gregas: “pros” que significa “para” e “Kunéo” que significa “beijar”.[2] Se traduzida literalmente a palavra pode significar “beijar a mão ou o piso diante de”. Shedd diz que entre os gregos, beijar a terra ou a imagem, em sinal de adoração, acompanhava o ato de prostra-se no chão.[3] Mas porque Jesus usou esta palavra? O que um termo que também significa beijo pode nos ensinar? É isso que veremos.


No Antigo Testamento a palavra usada mais de 170 vezes para indicar adoração é “SHACHAH”, e que se traduz literalmente como inclinar-se, cair diante de, prostrar-se, ajoelhar-se. Nós podemos fazer tudo isso a distância! Quando Jesus introduz uma palavra que também significa beijo, ele está ensinando que verdadeira adoração tem a ver com aproximação, contato! Por quê? A resposta é simples: beijo denota contato, aproximação. Já diz o dito popular: “beijo não se manda, se dá”. Quer ser um verdadeiro adorador, não se esqueça que verdadeira adoração exige aproximação. É preciso dedicar a nossa vida 100% a Ele! Não tem como dizer que somos verdadeiros adoradores se não vivemos constantemente aos pés do Senhor. É preciso contato diário com Ele!


Agora sim, depois de entendermos que verdadeira adoração tem a ver com entrega e aproximação, faça novamente o teste. Seu nome ainda se encaixa no versículo? Você está entre os “tais” que assim o adoram? Somente adoradores com essas características podem adorá-lo em espírito e em verdade!



Eleilton Freitas | Teólogo, pastor e diretor do Centro de Estudos Teológicos Adventista da Promessa (CETAP).

¹SHEDD, Russell. Adoração Bíblica: os fundamentos da verdadeira adoração. 2 ed. São Paulo: Vida Nova, 2007, p. 19.

²VINE, W. E; UNGER, Merril F.; WHITE JR., William. Dicionário Vine: o significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 374.

³SHEDD, Russell. Adoração Bíblica: os fundamentos da verdadeira adoração. 2 ed. São Paulo: Vida Nova, 2007, p. 19.


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