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Carta aberta sobre saída do ministério pastoral e demissão do DEC

Este ano de 2018 é um ano simbólico para mim. Isto porque, em novembro completarei com a graça de Deus, 30 anos. Também, neste mês de abril, faz 10 anos que fui para o seminário e comecei a estudar Teologia, a rainha das ciências, e por essa data, resolvi escrever sobre ser demitido. Foram 8 anos como missionário e também 6 anos que me tornei cidadão de São Paulo. No dia 31 de dezembro de 2017, encerrou-se de maneira amistosa e pacífica meu "contrato" com o DEC (Departamento de Educação Cristã) da Igreja Adventista da Promessa (IAP), totalizando 5 anos de intenso trabalho, servindo a Deus na apaixonante área da escrita. Participei de 22 duas séries de lições bíblicas, sendo a última "O evangelho que liberta" que estuda a carta de Paulo aos Gálatas. Durante conversa em novembro do ano passado, pude expor para a Diretoria Geral Executiva (DGE), minhas convicções e não convicções em relação ao ministério pastoral, por isso esclareço que a principal motivação para minha demissão, foi o fato de não ter o dom de pastor, percepção testada ao longo dos 8 anos que exerci o ministério, 2 deles a frente de uma igreja no interior do Pará, na cidade de Igarapé-Açu. Depois, ao ser convidado pela DGE para colaborar no DEC e auxiliando os pastores em Edu-Chaves, Vila Augusta, Vila Medeiros e Pedreira, percebi que minha área de atuação era somente o ensino e a pregação, e que ser pastor não era uma vocação dada por Deus a mim. Como estar no DEC estava institucionalmente atrelado a pastorear, então, fui demintido pela DGE, e por eles mesmo tendo a liberdade de continuar atuando na IAP como: diácono, professor de Teologia e escritor.

Meu objetivo com esta carta aberta, é apenas e somente, avisar a quem interessar, que como nos últimos 8 anos me tornei uma pessoa pública devido o ministério, não estou mais nele; não fui ordenado ao presbíterato (oportunidades não faltaram); e a partir de então, não mais atuo, como um integrante da instituição, mas, continuo como um vibrante promessista.

A correção de rota Na terceira semana de julho de 2017, finalmente dei um passo para realização de um sonho: a formação em jornalismo. Agora, depois de 10 anos de teologia, tenho a certeza, de não estar tomando uma atitude precipitada. Pois, trata-se de um homem de 29 anos e não de um rapaz de 19 anos, quando resolvi ir pro seminário. Depois de 10 anos, cada vez mais fui empurrado para aquilo que chamo de verdadeira vocação: ser jornalista. Não que o episcopado não seja coisa excelente, ele o é, como afirmaria Paulo. Mas, não é, quando se trata de alguém não vocacionado para tal missão! Quando isto ocorre, ele se torna um fardo inoperante para quem tenta exercê-lo. O certo que a Teologia, que amo, me servirá de base para que os alicerces da fé sejam mantidos apesar do bombardeio deflagrado em qualquer espaço secular contra o cristianismo. Esses ciclos de decisões tomadas: de falar sobre minha não vocação e a consequente demissão sofrida, chamo, não de abandono do ministério, mas correção de rota. Agradeço a confiança em mim depositada nesses anos instituicionais: pela IAP do Benguí (minha igreja mãe), IAP de Pedreira (última igreja como missionário), Convenção Norte, Convenção Paulistana e a DGE, e todos aqueles que direta e indiretamente colaboraram comigo, em oração e contribuições. Continuo tentando ser um servo de Deus e do Promessismo. Andrei Sampaio Soares, São Paulo, 21 de abril de 2018.


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