Pense com você em algo que é um costume na sua vida. Aquelas corridas todas as manhãs; a academia em uma hora do dia; o passeio com o cachorro; o trabalho; a faculdade; assistir séries; a leitura de um livro e etc. Agora, pensa numa novidade nos últimos meses: um relacionamento novo; a gravidez sonhada; a conquista de uma graduação; enfim, algo que não foi corriqueiro ou trivial. Com relação a Deus, podemos também viver entre uma vida acostumada com coisas pecaminosas e com novas coisas, mudanças de atitudes e pensamentos. Afinal, a salvação pela fé em Cristo nos insere num tempo de liberdade para viver uma nova vida, todos os dias que temos para viver. Uma vida cuja graça de Deus nos conserta, nos perdoa e nos aceita. Porém, a graça não é um "bilhete" premiado que nos dá uma vida de permissão a vivência do pecado e garantia de perdão. Não! Na verdade, ela é uma porta aberta para santidade. Já que esta é a grande novidade da vida cristã, e não o pecado, que já é algo que nos acostumamos a viver. Não à toa, Paulo chama a santidade de "novidade de vida", pois, antes de Cristo o pecado é um "costume de vida". Na graça de Deus somos impulsionados a obediência, ao desejo em fazer a vontade do Senhor, assim como se saboreia um pote de chocolate. A ideia de Deus é que livres do senhorio do pecado, pelo poder do Espírito, vivamos na busca de sermos mais parecidos com Jesus, vivendo debaixo de seu senhorio. Certamente nosso caminho é difícil, afinal, ele deve ser trilhado com uma cruz, ou seja, a negação de nosso ego, todo dia, pois este é o caminho proposto por Deus. A graça não é uma mãe libertina ou um pai sem disciplina, não! A graça de Deus segue "ensinando-nos para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos neste mundo de maneira sóbria, justa e piedosa" (Tt 2.12), até a volta do Senhor Jesus (v.13), quando seremos livres em definitivo da presença do pecado! Andrei Sampaio Soares | Teólogo, graduando em Jornalismo e editor e fundador do alemportal.com
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