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Combo de poesias - sobre chuvas

SONETO DE INVERNO

Outra vez chegou o inverno.

O dia está feio, sujo e triste...

Minha vida vazia, parada, insiste

Em morar n’um controverso.

Tudo em mim está incerto.

De bater, meu coração desiste.

Apesar da chuva que persiste,

Meu mundo ainda é um deserto.

Ainda sou um poeta sozinho...

Que de inverno a inverno chora.

Sentindo a falta da companhia tua,

Que se fora, se fora embora.

Ah, ainda sou um menino...

Que tem medo, medo de chuva.

(Obs.: Neste mês de fevereiro, nos estados do Norte do Brasil, origem do poeta, é um dos meses de inverno chuvoso).

SONETO DA CHUVA

Céu negro, tétrico, sem lua.

Noite sombria, embaçada, chuvosa.

Vida lânguida, mórbida, escabrosa.

Devido à falta da companhia tua.

Olho da janela a solitária rua.

Lembro de tua face lívida, formosa.

Tua candidez fulgente, radiosa.

Que dissipa e dispersa a treva crua.

Vem! Porque desejo ter-te aqui presente.

Não me importa se a lua foi embora,

Pois sei que és minha estrela cadente,

Eu sei que és o raiar de nova aurora.

Amemo-nos de forma bem ardente,

Porque a noite é fria e a chuva cai lá fora.

CHUVA FINA

De repente uma chuva fina

Nessa tarde frouxa

Que se arrasta

Preguiçosamente.

Fim de tarde

Sem pressa,

a chuva cai levemente.

Vem devagarinho,

Molhando o chão,

Trazendo aquele aperto

No coração,

Tão de repente!

Seu cheiro vem deslizando entre as janelas,

Entrou, pousou

Na minha tela

Inspirando este poema

molhado.

Que pena...

Chuva fraca e fina

Tenha terminado a rima,

Tenha terminado.

Wellington Lima | Teólogo, poeta, pastor e autor da fanpage "Teologia, poesia e prosa": https://www.facebook.com/Teologiapoesiaeprosa


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