Desde o dia 14 de janeiro a TV Globo lançou a campanha "O Brasil que eu quero", cujo objetivo é que os brasileiros opinem sobre o país que desejam ter. Até aí, tudo bem! A Globo instrui no "passo-a-passo" de como fazer os vídeos, que o eleitor grave sempre na horizontal e que veja se está enquadrando ele e o espaço de onde resolver gravar. Mais uma vez, tranquilo. Veja os detalhes da campanha aqui: "O Brasil que eu quero".
Os lugares referendados pela emissora são só aqueles que representariam bem a cidade: como pontos turísticos, monumentos e locais históricos e marcantes da cidade. E é aí que a Internet deu seu feed-back. Foi rápida a resposta que alguns internautas bolaram uma espécie de campanha chamada "o Brasil que eu não quero" mostrando a realidade do país. Vídeos em hospitais (como o vídeo abaixo) e ruas precárias foram algumas das manifestações com quem se sentiu indignado não só com a proposta global, mas como, de repente, a rede de TV deixou passar um momento histórico de mostrar o que realmente interessa.
Fora essa indicação do cenário a serem gravados os vídeos, vemos uma massiva campanha para os envios tantos nos jornais locais, como nos jornais de rede. O mesmo texto e expressões são usadas por repórteres e apresentadores de telejornal, fazendo o telespectador enjoar de pronto "O Brasil que a Globo quer mostrar". Mais uma vez aprendemos que o internauta não perdoa e a Globo que se cuide.
Andrei Sampaio Soares | teólogo, editor-chefe e fundador do alemportal.com.
Imagem: G1, TV Globo/Reprodução.