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O jovem que pulou de um prédio e a importância de uma conversa

Eu vi um homem morto. Tá, nada muito diferente da minha rotina. Mas aquele era bem diferente...


Era uma tarde quente de janeiro, e lá estava aquele rapaz, jogado no chão, sem vida. Por algum motivo desconhecido, um jovem de pouco mais de 20 anos decidiu pular do andar mais alto do prédio, certo de que morreria quando atingisse o chão.


Em pouco tempo, as pessoas começaram a se aglomerar em volta daquela cena, uns pesarosos, uns chocados, mas a grande maioria com seus celulares nas mãos registrando o momento para as redes sociais.


Saí daquele lugar o mais rápido que pude, mas continuei com aquela cena na memória por vários dias (na verdade, até hoje!). O que faz alguém tão jovem desistir da vida dessa forma?


Existem inúmeras teorias sobre suicídio, cada uma buscando uma causa ou uma motivação, mas eu não vou me aprofundar em teorias. Porém, não posso ignorar o fato de no Brasil, o número de suicídios subiu 34% em 2016[1]!

Acredito que só uma dor lacerante e um desespero profundo podem motivar alguém a tirar sua própria vida. E até os cristãos estão sujeitos a essa dor, afinal ninguém aqui é super-herói.


Além disso, criou-se um mito que o cristão não pode ser deprimido e que a depressão é “falta de Deus". Por conta disso, muitas pessoas escondem suas dores para não serem julgados em suas fraquezas.


A cena daquele dia me fez pensar em quantas vezes aquele homem tentou conversar com alguém sobre o que ele estava sentindo, quantos avisos ele deu antes de realmente dar fim a vida? Quantas pessoas só perceberam o que estava acontecendo com ele quando não havia mais tempo?


E caso algum amigo te procure buscando por ajuda, ofereça seu tempo e sua atenção para ouvi-lo. Uma boa conversa tem efeitos terapêuticos inimagináveis!



A garota do Sapato Rosa,

trabalha na área da saúde, amante de chocolate e sapatos, mas que ama da Deus acima de tudo.

[1] Sim, o melhor é falar sobre suicídio. Disponível em: https://super.abril.com.br/sociedade/sim-o-melhor-e-falar-sobre-suicidio/#. Acesso 19/09/17.

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