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No último segundo

Assisti um vídeo no facebook esses dias com o seguinte título: “Você pode estar vivo hoje graças ao seu pai.” O vídeo era composto por uma série de cenas com crianças pequenas sendo salvas pelos seus pais, elas estavam quase caindo, quase sendo atropeladas, quase sofrendo um acidente, mas o pai pegava na última hora, no último segundo, geralmente ele puxava a criança pelo pé, depois trazia perto, garantido que ela estava segura.


Pode parecer engraçado, mas, da metade do vídeo para frente, me vi chorando com aquelas cenas em sequência. Todo o processo da criança se colocando em perigo até o momento em que ela se encontra envolta pelo pai, nos permite uma grande analogia.


A criança se coloca em perigo, sendo avisada ou não, ela simplesmente vai, sem ligar, sem saber onde está se metendo. Isso te soa parecido? Quantas vezes nos encontramos em situações complicadas, nos embaraçamos num emaranhado de erros e falhas, e parece que ao invés de sair do erro, vamos apenas nos enfiando mais e mais e mais. Seguimos cegamente para o pior destino possível, arriscando nossa vida, porque, ué: “eu quero!”


A criança está quase chegando ao ponto final, onde tudo vai se perder, onde ela pode morrer, então o pai a puxa, de qualquer jeito, ele simplesmente quer trazer aquele serzinho de volta. Olhe para trás, analise seu passado, estude sua vida, quantas vezes o Pai te puxou no último segundo? Quando você estava prestes a dar o passo fatal? Quando você estava prestes deixar tudo a perder, Ele apareceu, de alguma forma, através de alguém ou alguma coisa e te puxou pelo pé? Aposto que, para maioria de nós, não foram poucas as vezes.


A criança, depois de puxada, se encontra abraçada pelo pai. O nosso Pai não apenas te puxou em cada uma dessas situações, Ele te colocou no colo, Ele deixou você chorar e esperou pacientemente que se acalmasse, Ele te amou em cada segundo, até no último. Ele te embalou, sossegou seu coração e nunca saiu de perto.


O que o vídeo não mostra é o que acontece depois do abraço. Depois do abraço do Pai, eu e você temos uma decisão a tomar: qual caminho vamos seguir agora? Para onde você quer ir? Porque Deus não nos obriga a nada! Ele está de braços abertos, pronto para nos receber, nos amando, desejando um relacionamento profundo e íntimo com cada um de nós. Mas sair do Seu abraço ou permanecer nele é uma escolha pessoal. E aí, depois do último segundo, pra onde você vai?


Por Mariana Mendes,

gerente de Mídias Sociais, escritora e criadora de conteúdo para o canal: youtube.com/entrelinhas


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