Olhe a sua volta. Dê uma rápida espiada nos portais de notícias na internet. Pesquise no Google temas como estupro, sequestro, pedofilia, terrorismo, migração, racismo, infanticídio, suicídio, tráfico de mulheres, assédio, corrupção. Tente sentir o cheiro podre que a sociedade já se acostumou e nem nota mais. Injustiças inexplicáveis se multiplicam feito praga, parecem invencíveis e infinitas. São horizontes tétricos, deploráveis e deprimentes.
Cedo ou tarde, frente a persistência de cenários tão deformados, surge a pergunta: Onde está Deus? Não demora e a pergunta muda: Deus existe? Empolgado com o quadro atual, o inferno vai contabilizando suas conquistas, pois mais e mais pessoas vão abraçando a descrença e a desesperança. Afinal, se Deus existe como explicar as realidades que nos afrontam a cada dia? Como sentir ou perceber a presença de Deus quando tudo afirma exatamente o oposto, ou seja, sua ausência, sua distância e, para um número cada vez maior de pessoas, sua inexistência?
Crentes, inclusive, já vacilam entre crer ou não, entre testemunhar a certeza da sua divindade e poder ou a dúvida se Deus é tão poderoso como se pensava. Bem, se Deus não existe a situação atual não apenas desandou, ela literalmente acabou. Se Deus não existe para onde podemos correr? A quem devemos clamar? De onde devemos esperar que venha socorro? Quem poderá nos surpreender com milagres? O contexto definitivamente não é fácil, é complexo, desafiador e por vezes assustador, é nestas horas que por vezes a fé vacila.
Nada disso, no entanto, é novo. Antes de Cristo, questionamentos humanistas como os que são feitos hoje já testavam a crença do homem no seu Criador. Sem rodeio algum, no Salmo 53 e verso 1, o salmista já qualifica os que assim pensam, “Os tolos pensam assim: Deus não existe”. A afirmação “Deus não existe” é apenas uma resposta fácil para quadros difíceis. É como não querer reconhecer que somos parte do problema.
Se tudo está como está, e piorando, a sequência do verso 1 vai direto ao ponto: “Todos se tornaram imorais e fazem coisas horríveis; não há uma só pessoa que faça o bem.” Percebeu? Primeiro o salmista afirma que todos se tornaram imorais, depois vem a prática de uma multidão de coisas horríveis. Nota alguma semelhança com a sociedade atual em escala global? A imoralidade ataca inescrupulosamente tudo o que seja moral, e o resultado não poderia ser outro, uma sociedade imoral em gestos, palavras e atos.
Estamos enfrentando uma guerra filosófica e ideológica sem precedentes. Todos os valores da moral judaico-cristã, que formaram nações, povos e culturas nos últimos milênios, estão sendo atacados, destroçados e esmagados sem piedade. E toda vez que a moral deixou de ter valor ou respeito a anarquia se instalou, afinal, se não existe uma moral para nos guiar, qualquer tipo de moral serve, já não vivemos mais pelo “certo” ou “errado”, antes cada um vive por aquilo que define como o seu certo e o seu errado.
Não é tão difícil perceber que as coisas horríveis que temos assistido são consequências das imoralidades que se abraçou tão cegamente. Existe uma solução? Sim, em Deus. Ele existe e não nega bem algum aos seus filhos e, entre os benefícios que Ele nos assegura, está o livre arbítrio, que permite ao homem inclusive desprezar a moral, redefinir seus próprios caminhos, caminhar sem Ele e viver numa dura e sofrida realidade, chegando a duvidar se Ele existe e, ao duvidar, acabar se esquecendo que tudo chegou onde chegou como resultado do abandono da própria fé.
Neste exato momento milhares de pessoas ao redor do mundo estão testemunhando a realidade da existência de Deus através da pessoa de Cristo, pois Ele é toda revelação e a plenitude do amor de Deus. Jamais terei a pretensão de provar a existência dEle, mas sempre terei a coragem de te convidar para começar a caminhar em Cristo, só assim você saberá que Ele, o Pai, Deus, existe, pois como já disseram alguns poetas: “Nele vivemos, e nos movemos, e existimos”, Atos 17:28.
Por Edmilson Mendes,
Publicitário, escritor e pastor.