Nossa vida é mesmo interessante, nesse percurso que traçamos aprendemos muito e é na convivência que assimilei o que de mais importante posso levar comigo: o quando deixo de ser EU e passo a ser NÓS nessa jornada e que “Nas diferenças nos tornamos mais semelhantes”.
Pode até ser contraditório dizer que as diferenças nos fazem semelhantes, mas ainda que eu empregasse o termo no sentido de ser igual, acredito piamente nessa assertiva, porém aqui a palavra semelhante é “ser pessoa”, “ser gente”, é “ser humano”... Quando respeitamos as particularidades do outro, percebemos o quanto são essenciais e o quanto isso nos completa.
Imagine se todos fôssemos iguais¹, o mundo não teria o colorido das discrepâncias e viveríamos numa similaridade incolor tão apática que seríamos infelizes. É nessa aparente desarmonia que encontramos o equilíbrio para nossa existência na dinâmica da vida.
Somos ao mesmo tempo ímpar e par, temos nossas semelhanças e diferenças; somos tão plurais em nós mesmos e tão singulares no coletivo, e é por isso que formamos um todo “perfeito”, feito um quebra-cabeças em que as peças se encaixam em uma totalidade coesa.
Essa é maior lição que aprendi na convivência com os familiares, com os irmãos em Cristo, com os amigos, com os colegas de trabalho, com os alunos e no contato com desconhecidos; e se nos apropriarmos disso como axioma que é, viveremos em harmonia eterna e com a simetria na qual Deus nos formou.
Por Esther Braga,
é escritora e autora do blog: http://bragaesther.blogspot.com.br/
¹Iguais no sentido de gostarmos das mesmas coisas, fazermos as mesmas coisas, enfim...