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Mais que Calypso: uma playlist da música paraense

Sempre me deparo ao falar que escuto música do Pará, com a certeza da resposta: "Ah, você ouve Calypso, né?!". Eu, um atualizado ouvinte da sonoridade paraense, esbravejo com um afinado "Não!", de quem tem "mergulhado" nos sons do Estado. Nesse "mergulho" não abandono os critérios da Palavra de Deus quando ouço as músicas; também levo em conta se a música não me provoca um olhar para o mundanismo, se sim, é lícito deixar de ouvir. Outro cuidado é com meu irmão ou irmã, não impondo essa "sensibilidade" cultural como uma obrigação na prática deles. São com esses valores que escuto música. Pois bem.... O Calypso, assim como Fafá de Belém ou Pinduca, tem dado sua contribuição na expansão dos "ecos" da música paraense e tem seu lugar na cultura (mesmo que eu não escute eles). Porém, é fato que estes cantores e cantoras, fizeram os "olhares" do Brasil, voltarem-se para o Pará. Os clássicos da música paraense Começo falando de gente consagrada, mas que nos apresentam trabalhos antigos com roupagem nova. São eles a "Trilogia" formada pelos lendários: Lucinha Bastos, Nilson Chaves e Mahrco Monteiro. Seu último trabalho "ser do Norte" é um verdadeira entrada naquilo que Nilson chama de "Amazônia Musical".


Com destaque para música "Cana Dá" (veja o vídeo abaixo), que mostra o dilema de um paraense ameaçado pelo pai de ter de deixar o Estado e sua paixão pelas coisas da terra. Lembro-me também, de Simone Almeida, que figura como nome de importante contribuição à música do Pará, como a música "meu grande amor".

O Brega que virou tecno e outras versões Quem lembra-se do Pará como tendo distintivo musical o brega, acertou. Paraense que se preze já ouviu o clássico "ao pôr do sol", brega marcante da década de 80, eleito pela audiência do Portal G1 Pará, como música marca dos 400 anos de Belém em 2016. Repaginado no som atual de Lia Sophia (veja o vídeo abaixo), que por sinal tem um som de muita qualidade regional.


Porém, quem tem uma playlist atualizada conhece uns sons bregueiros alucinantes de Gaby Amarantos e Gang do Electro. Que foram uns dos que deram nova roupagem ao ritmo querido pelos paraenses.

Carimbó, guitarrada e outros sons O carimbó continua sendo marca da nossa música, por isso, Dona Onete (veja o vídeo abaixo) traz clássicos e novas músicas que nos fazem ouvir essa musicalidade peculiar paraense. Na área da guitarrada, Felipe Cordeiro, filho de um mestre do ritmo, Manoel Cordeiro, traz no tradicional ritmo uma contemporânea letra e mistura outros ritmos latinos ao seu trabalho musical.

Outros nomes que fazem a diferença ainda e levam muita sonoridade da Amazônia são de: Aila, Luê Soares e Camila Honda. Estas apresentam de dilemas amorosos, pautas políticas a reflexões sobre o mundo de hoje, sem deixar de lado o som da floresta. Camila Honda por exemplo, canta clássicos de uma forma cosmopolita, como o clássico "tambatajá" do Maestro Waldemar Henrique (veja o vídeo abaixo).

O samba de Arthur Espíndola Da Amazônia nasce um tipo de samba que se ouve samba mas que, no mesmo tempo ouve-se carimbó, lundu, merengue e etc. Sem contar as belas poesias cantadas, quando compostas também por Arthur, como a música aos quatro ventos. Uma verdadeira imersão no "samba amazônico".

De resto, é só ouvir esses e outros nomes que fazem a música do Pará ser o que é: rica em ritmos, letras, cantores e cantoras e músicos. Por Andrei Sampaio Soares,

teólogo, escritor e criador/editor do Além Portal.

Imagem: Festival de música paraense Terruá Pará em São Paulo. Artistas: Gangue do Eletro, Gaby Amarantos, Lia Sophis. Luê Soares, Felipe Cordeiro entre outros. Fonte: Agência Pará.


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