A morte de Marisa e o respeito pelo luto
- Notícias
- 3 de fev. de 2017
- 3 min de leitura
Neste dia 2 de fevereiro, foi declarado pela equipe médica do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo-SP, a falta de oxigenação no cérebro de Marisa Letícia Lula da Silva, de 66 anos, ex-primeira dama por ser mulher do ex-presidente Lula. Ela teve um diagnóstico de aneurisma cerebral, um coágulo em veia no cérebro a dez anos e agora teve um avc (Acidente Vascular cerebral) hemorrágico, complicando seu quadro que ficou irreversível nesta quinta-feria, 2 de fevereiro.
A companheira de Lula Foi uma relação de 43 anos. A mulher esteve ao lado do marido, durante toda vida. Os dois vindos de relacionamentos, cujos os cônjuges morreram. Desde a construção do Partido dos Trabalhadores (PT), fazendo inclusive a bandeira vermelha com a estrela branca no meio; liderou uma marcha de mulheres na época em que os maridos foram presos por se manifestarem na época da Ditadura; nas eleições perdidas por Lula; na Presidência da República. Nos últimos anos, seu nome também apareceu na mídia associado ao triplex do Guarujá e da compra do apartamento de São Bernardo, que segundo as acusações foi comprado com dinheiro de corrupção. Era réu na lava-jato.
A repercussão Na frente ao hospital, um "acampamento" de militantes petistas aguardava a melhora, e diante da perda de Dona Marisa, apoiavam Lula. Umas das cenas que mais chamaram a atenção foi a de uma senhora oposta ao PT, fazendo self's das pessoas e do Hospital, provavelmente "comemorando" a morte de Marisa. Ela foi hostilizada pelos manifestantes e expulsa do local.
Nas redes sociais, as pessoas opostas se "esbaldaram" em sorrisos e frases de comemoração ao fato. Externalizaram sua felicidade pela morte. No contraponto, deputados petistas e jornalistas esquerdistas, como Paulo Henrique Amorim, depositavam está morte na conta da Operação Lava-jato, cujo maior nome e responsável pela morte, seria o juiz Sérgio Moro. Não descartando o papel das pressões da vida em nossa saúde, este parece ser outro oposto da forma de lidar com a morte.
A sensibilização por seu quadro e irreversível e falta de oxigenação no cérebro, comoveu parte do Brasil. O Presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), rival histórico de Lula, foi visitá-lo no Hospital após a divulgação do estado de Marisa. Retribuindo o gesto quando da morte de dona Ruth Cardoso, mulher de FHC, em 2008. Além de outras autoridades: como o Presidente Michel Temer, o ex-presidente José Sarney e outros políticos. Nesta sexta foram a vez de, Ciro Gomes e da ex-Presidente Dilma.
Respeitar o luto das pessoas é se parecer com Deus Nas duas reações percebemos extremos e traços de nossa dificuldade de saber se portar no luto. Ora com cinismo, ora tentando achar um culpado pelo que ocorreu. Quantos de nós não fizemos os dois? Deus porém, parece ter outra atitude diante dela.
O profeta Ezequiel disse algo que descortina o coração do Senhor: "Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o SENHOR Deus. Portanto, convertei-vos e vivei." (Ez 18.32) Veja que mesmo tendo tais sentimentos, Deus não concorda com a vida errada de quem viveu sem crer nele, mas, isso não o impede de sensibilizar-se com as fatalidades da vida. Quando morre alguém sem fé, Deus não fica feliz, pois desejava a mudança deste. Quando alguém de fé morre, o sentimento é custoso para Deus: "O SENHOR Deus sente pesar quando vê morrerem os que são fiéis a ele." (Salmo 116.15 NTLH) , pois, Ele não nos criou para morte, mas para vida, ainda que este ressuscite na volta do Senhor (2 Co 4.13-14; 1Ts 4.14-18).
Da mesma, forma se desejarmos nos parecer com Deus ou dizemos que somos seus filhos por meio da fé em Jesus, certamente temos que "chorar com os que choram" (Romanos 12.15b) e não se alegrar com a morte de ninguém!
Por Andrei Sampaio Soares.

Com informações de:
UOL
G1
Foto: Revista Exame