A música é a arte de combinar os sons, uma definição tão simples para uma existência rítmica infinita. As canções do evangelho ao menino Jesus demonstram que a música do céu não cabe apenas no mundo melódico que produzem os cantos ou os mais lindos instrumentos. As canções do evangelho ao Deus Menino reproduzem a insaciável vontade humana pela transcendência da Salvação. A música nos lábios de Simeão, Maria ou até mesmo dos anjos; revelam a grande necessidade da salvação humana, e as canções são erupções de seu acontecimento: “Minha Alma engrandece ao Senhor, meu Espírito se alegra em Deus, meu Salvador!” (Lucas 1: 46-47).
Os cantores evangélicos (podemos os chamar assim), não cantam apenas canções bonitas, mas fazem de suas mais profundas intenções, letras inspiradas em um desejo uníssono ao desejo de Deus: transformar trevas em luz, tristeza em festa, condenação em salvação. São canções literalmente “refrangentes” quando existe uma mudança de direção sonora, um desvio de calor ou de alguma realidade, de seu curso comum. Simeão extasiado pela graça de ter em seu colo o Deus Menino, cantou: “Vi a tua salvação, que preparaste para todos os povos. ELE é uma luz de revelação às nações e é a glória do teu povo, Israel!” (Lucas 2:30-32 NVT)
Nossa geração precisa assimilar as canções natalinas do evangelho. Penso não ser somente uma questão de introduzir melodias às canções que degustamos ao ler as páginas da linda história que descreve o nascimento mais importante de todos os tempos; não. Essa é uma questão terrivelmente mais séria! A aplicação da música dos céus à nossa vida começa na maneira como reproduzimos cada acorde de tais canções, em nossos hábitos e relacionamentos. Qual o valor as suas atitudes em família deram às canções natalinas no difícil ano que passou?
Os sons de natal são incrivelmente atemporais, encontram seu verdadeiro sentido neste tempo, quando vivemos o amor que pregamos, cumprimos nossa palavra e honramos nossa aliança com Deus e o “outro” que está bem perto de nós. Os sons de natal encontram seu real sentido quando Jesus e a sua salvação, significam nada menos que tudo em nosso viver. O apelo evangélico para estes encontros do fim de ano é cantar as músicas celebrativas com o coração, com a consciência; com as nossas “mãos”. Os sons de Natal sempre existirão como a maior tentativa do universo em transformar/substituir o errado pelo certo, a corrupção pela justiça, o egoísmo pelo altruísmo, o acúmulo pela partilha, o ódio pelo amor, às trevas em luz; A morte certa pela salvação absoluta!
Feliz Natal sempre a todos e o melhor de todos os anos!
Por Marciel Diniz.
