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Análise do EP "Hey Jovem: foi por amor!" de Mc'onário e J. Freaks

O EP de Mc'onário (Daniel Albuquerque) e J. Freaks, é um som de experiências. Que mostra que o amor de Deus prevalece no fracasso humano, muda pessoas e dá um novo rumo para vida.


1. Hey Jovem Do Oiapoque ao Chuí é possível ouvir o anúncio do amor de Deus, na canção "Hey Jovem". Com batidas marcantes, a letra é um convite a reconhecer que na Cruz houve salvação em Jesus. Com links com a vida corrida de quem ouve, Mc'onário mostra em pouco tempo, lampejos na profunda História da Salvação. Essa música é uma chamada de atenção à ter fé em Jesus. É um apelo, como diria Paulo: "Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus vos exortasse por nosso intermédio. Assim, suplicamo-vos por Cristo que vos reconcilieis com Deus." (2 Coríntios 5.20).


2. Novo hino A segunda música é uma espécie de "auto-canção". Um som autobiográfico. Um "Novo hino" que intitula a canção. É o que aconteceu com o rapper. Ele mostra que apesar de "não ser orgulho" da família, teve uma transformação. Afinal "nunca é tarde para se fazer ninguém". E diante desta transformação pelo evangelho, nasce a mensagem cantada e levada por onde ele anda. Essa missão é uma gratidão por tudo aquilo que o Senhor fez na sua vida. Nada de correr atrás de dinheiro. Viver em função disso. Matar por lucro. O som enfoca o contrário. A ideia é que diante da transformação sofrida, levá-la para que outros sejam transformados. Vitória garantida na batalha pelo Espírito que habita nos que creem.


3. Droga meu amor

Da sua história pessoal, para seu "amor". Mc'onário conta um dilema que teve com a cocaína. Ele personifica toda essa experiência, dando vida e expressão por toda essa experiência. Ao primeiro momento que se houve a canção, pensamos que se trata de uma história de como se apaixonou e casou. Mas, não! O som mostra como ele encontrou o caminho das drogas. Prazer, compreensão, entendimento. Essa era a percepção dos primeiros momentos do contato com ela. É muito interessante como percebemos na letra a sensação do pico de prazer ilusório e o fundo do poço existencial que a droga lhe trouxe. A droga tomou conta de sua vida: Problemas familiares. Tentativa de livramento. Recaída. Até perceber que ela, a cocaína, só lhe fazia mal. E como ele confessa na música: Deus não lhe deixou enlouquecer! O que levou, depois de longo tempo, finalmente a terminar este ilusório "caso de amor". Uma música que mostra a possibilidade de mudança em Deus e por isso, vontade própria para mudanças.


4. O tarde ainda é cedo A quarta música do EP " O tarde ainda é cedo", é cheia de esperança. Mostra a possibilidade de mudar, independente de cor, raça ou condição. Todos podem enxergar um raio de esperança no horizonte da vida. A música conduz em seu refrão, para uma experiência de arrependimento do pecado, e atitude de encarar a vida de frente. "Aceitar a Deus" e ter a fé direcionada a Ele, é o caminho dessa nova oportunidade. Paz, gratidão, amizade, vida longe das drogas, estudo, cuidar da família.... são algumas das palavras chave desta canção. Não ficar "de canto" na vida e com muita fé em Deus, configura-se como o "segredo" para enfrentar os desafios. Durante a música, lembrei-me de duas palavras da Bíblia. Ao mesmo tempo que Deus abrevia os tempos para que os justos se salvem (Marcos 13.20), Deus também, prolonga os dias para que os ímpios mudem de vida (2 Pedro 3.9). Afinal "o tarde ainda é cedo".


5. É o rap! A quinta canção do EP é uma explicação da missão e da parceria entre Mc'onário e J. Freaks. Nela, ouvimos eles cantarem e tocarem, para o que vieram. Seu conceito ressalta a ideia de "música inspirada na Bíblia". É um som que mostra a tentativa de num cenário de tanta superficialidade, fazer música para adoração a Deus e evangelização. O mais interessante que "é o rap!" nos insere na consciência de servirmos o Rei. A canção é também uma espécie de comissionamento que busca chamar a atenção de cada ouvinte a viver a mesma experiência missional deles. "Não se envergonhe de dizer que é servo do Senhor" é parte da letra, que lembra Paulo, que não tinha vergonha do evangelho, ele sabia que essa mensagem transforma. Mais que alcançar pelo rap, Mc'onário convoca que quem gosta de rock, samba... todos, devem anunciar com coragem o evangelho, afinal, a palavra de DEUS é mais poderosa que nossa dúvida, como afirma canta. E nem adianta alimentar complexo de Gabriela, pois isso não é coisa de metanoia, ou seja, de quem foi transformado pelo evangelho. Veja essa canção no vídeo abaixo:

6. Jeová Triúno Essa música encerra o brilhante EP. Nada melhor do que encerrar com chave de ouro. Na filosofia seria a verdade última. Mc'Onario canta a Trindade no rap, mostrando seus atributos e louvando o Pai, o filho e o Espírito. A música exige fôlego de quem ouve, assim como pra compreender a doutrina bíblica da Trindade. A canção afirma pontos como os atributos de Deus. Fala sobre ele ser o "Elohim", palavra hebraica que expressa a ideia no Antigo Testamento, de que Deus é uma unidade plural, ou seja: Pai, Filho e Espírito. A canção também mostra a dependência que temos de Deus e não o contrário. Mostra que precisamos Dele. Seu cuidado e movimentos para salvar o homem. Uma das frases mais impactantes é a que mostra o desenrolar do Plano de Salvação. "De Jessé nasceu a vara, da vara saiu a flor. A rosa de Sarom com perfume inspirador". Uma bela construção poética baseada na Bíblia (Isaías 11:1), que mostra como Deus cumpriu a promessa pra nos salvar. Um convite a adorar o Deus Triúno.

Por Andrei Sampaio Soares.



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