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"Quando fracos, vencemos!". Sobre o ouro da seleção masculina de futebol


Há algumas semanas atrás, a seleção brasileira masculina de futebol estava desacreditada. E toda descrença era sintetizada em uma figura Neymar. Ele virou símbolo de nossa decepção e representava toda palidez pelo qual o futebol do Brasil vem atravessando.

O pálido rumo ao ouro

A primeira partida da seleção, contra a África do Sul, parecia ser um prenúncio de nosso certíssimo fracasso, talvez com prata, bronze ou mesmo sem nenhum bom lugar, pois o empate em 0 a 0, não nos motivava a acreditar.

Sentimos muita tristeza (para não dizer raiva), quando Neymar atribuiu ao gramado do Mané Garrincha, o impedimento para um bom desempenho do futebol. Todos desacreditávamos. Todos estávamos desanimados.

Mas, o roteiro foi sendo modificado. E seguiu-se dessa forma: “Na campanha do título, o Brasil empatou com a África do Sul e Iraque, em 0 a 0, até ganhar de 4 a 0 da Dinamarca. Nas quartas de final, derrotou a Colômbia pro 2 a 0. Já nas semifinais, goleou Honduras por 6 a 0 para se colocar na decisão da Rio 2016.”[1]

A grande final

Até que a final chegou, e logo contra a Alemanha. Ainda que não com a seleção que nos bateu por 7 a 1, mas, com a esperança de uma vitória, não que nos tire aquela derrota, mas, que nos desse a alegria do inédito ouro olímpico no futebol masculino do Brasil.

Neymar então, crescendo a cada jogo, foi o autor do gol, abrindo o placar no Maracanã. A seleção alemã estava atenta. Tanto, que Meyr, empatou para a seleção alemã. Aí o gol da vitória brasileira não saiu, nem no tempo normal e nem na prorrogação. E então, os temidos e nervosos pênaltis nos restaram.

Dos pênaltis ao ouro

Foi aí que mais emoções vieram. “A Alemanha começou batendo, com Ginter: gol. Foi então que, sem errar, seguiram cobrando Renato Augusto, Gnabry, Marquinhos, Brandt, Rafinha, Suele e Luan: 4 a 4. E o goleador Petersen , autor de seis gols, foi para a bola. Weverton se atirou no canto esquerdo e foi ali que o alemão bateu. O goleiro do Atlético-PR defendeu. Para que se transformasse em um dos heróis da noite, precisava que Neymar marcasse a quinta cobrança.”[2]

Neymar foi lá, e com seu tradicional estilo de bater penalidades, decidiu e o ouro veio para o Brasil. Acho que precisamos ver que o futebol é mais coletivo, do que depositar nossa confiança num só jogador. O que mais me impressiona, é que tradicionalmente: “Quando desacreditados vencemos!” E foi assim que o ouro veio até nós! Parabéns seleção.

“Não foi o destino, foi Deus!”

Na fé cristã, somos muitas vezes postos diante das nossas limitações e fraquezas. Diante dos desgastes:

Porém nós que temos esse tesouro espiritual somos como potes de barro para que fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós. Muitas vezes ficamos aflitos, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca ficamos desesperados. Temos muitos inimigos, mas nunca nos falta um amigo. Às vezes somos gravemente feridos, mas não somos destruídos. Levamos sempre no nosso corpo mortal a morte de Jesus para que também a vida dele seja vista no nosso corpo. (2Co 4.7-10)

Aprendemos na fé, que é na fraqueza que Deus nos faz fortes (2Co 12.10)!

Longe do olhar efêmero do mundo, nossa vida foi resgatada na gloriosa Cruz de Cristo, onde ganhamos o acesso a Deus, e uma vida de vitória sobre o mundo, a carne e o diabo.

Foi lá, que na “fraqueza de Deus” o pecado perdeu (1Co 1.25), para que crendo em Jesus, nos tornemos seus discípulos, e com o poder do Espírito chegarmos a grande vitória da nossa salvação, na segunda vinda do Senhor. Deus está conosco, mesmo em fraqueza. Ele cuida de nós! Não o destino! Como disse o goleiro Weverton ao repórter da TV Globo:

Tino Marcos: "O destino colocou você aqui!"

Goleiro Weverton: "Não, foi Deus"

E mais: "O ouro é nosso, mas a glória é de Deus"!

Por, Andrei Sampaio Soares


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