Se você assistiu a semifinal das Olímpiadas do futebol masculino deve ter animado bastante com a vitória do Brasil contra Honduras. O resultado foi 6 a 0 para o Brasil. Eu confesso que fiquei muito feliz, mas algo me chamou muito a atenção. Logo no final do jogo de quarta-feira dia 17 de agosto, toda a seleção e técnicos de Honduras após derrota se ajoelha e ‘agradece’ a Deus pelo duelo.
O presidente do país, em entrevista¹, diz estar agradecido aos jogadores da seleção, pois colocaram o nome de Honduras entre os melhores do mundo, mesmo porque é um país pequeno e o primeiro da América do Central a chegar a uma semifinal Olímpica.
Honduras lutou pelo bronze contra Nigéria e ainda assim, não conseguiu. Apesar da torcida para Honduras ter sido menor, nessa disputa a seleção Hondurenha saiu do estádio aplaudida. Acredito que mesmo sem conquistar a sua primeira medalha Olímpica, o quarto lugar pra eles foi uma grande vitória.
Honduras é um país relativamente cristão, cerca de 41% são protestantes² e esses resultados refletiram no final da semifinal contra o Brasil foi que mesmo com todas as dificuldades e goleadas enfrentadas, Honduras não deixou de ao final do jogo reconhecer onde eles tinham chegado. Juntos, unidos reconheceram, agradeceram a Deus.
A seleção de Honduras deixa um exemplo a nossa vida cristã: agradecer a Deus também pelas nossas derrotas. Diferente da teologia/pregação triunfalista que prega que nascemos pra ter sucesso em todos os momentos, nem sempre venceremos nas “partidas” e “competições” de nossa existência.
Ainda que Deus esteja conosco, pode ser que perderemos em algumas batalhas. Talvez aquilo que almejamos como vitória ou conquista pode não ser a vontade de Deus pra nós e o que devemos desejar é o melhor dele, a perfeita e soberana vontade daquele já conquistou através da cruz a nossa maior vitória: A Salvação. Saibamos reconhecer que ser mais que ‘vencedores’ (Rm 8:37) nos confere vencer também a dor da derrota até que chegue o glorioso dia que não haverá perdas e nos será concedida a coroa da justiça (II Tm 2:8)
Por, Ângela Valuz.